Com o crescimento das cidades, a locomoção no meio urbano torna-se um assunto cada vez mais comentado por causa das dificuldades que aparecem no cotidiano.
Mas a mobilidade urbana em Curitiba é destaque, com soluções inovadoras e pioneirismo quando se trata do assunto.
O que é a mobilidade urbana?
A mobilidade urbana é a maneira das pessoas se deslocarem no espaço urbano, seja de forma individual (andando, de bicicleta, patins, carro, motocicleta, etc) ou coletiva (metrô, ônibus, trem, carros, entre outros).
Qual a importância da mobilidade urbana?
A mobilidade urbana interfere na rotina e na qualidade de vida dos cidadãos, por isso, os projetos de urbanização devem considerar a qualidade e eficiência das vias de transporte e locomoção. Afinal, situações como buracos na rua e falta de calçadas, por exemplo, podem inclusive causar graves problemas e acidentes.
Uma boa mobilidade urbana é essencial para garantir fluidez no trânsito, agilidade nos deslocamentos, segurança para todos, organização do espaço público e preservação da natureza.
Como Curitiba se tornou referência em mobilidade urbana?
Curitiba é referência em mobilidade urbana há muito tempo. Foi na década de 1970, durante o mandato de Jaime Lerner, que foi implantada a mundialmente conhecida rede integrada de transporte público de Curitiba, contornando os desafios estruturais da cidade e focando no embarque rápido dos passageiros — o BRT.
O sistema é composto por uma frota de ônibus monitorada por câmeras e mecanismos de geolocalização em tempo real e incluem entre eles os famosos biarticulados, que carregam até 200 pessoas (criados em 1992) e, hoje, os veículos híbridos.
As ruas da cidade são compostas por faixas exclusivas para ônibus e estações-tubo que facilitam o fluxo de pessoas e geram eficiência no transporte pela cobrança antecipada da passagem. São mais de 300 estações-tubo distribuídas por 14 municípios da região metropolitana, 21 terminais de ônibus e 81 quilômetros de faixas exclusivas.
A implantação desse projeto impulsionou o desenvolvimento da cidade e de sua mobilidade urbana.
Inclusive, por conta disso, o mercado imobiliário também foi impactado positivamente, com incentivo à construção de empreendimentos residenciais e comerciais próximos às estações-tubo. Fora isso, perto das faixas exclusivas de ônibus, têm vias rápidas de deslocamento para automóveis no trajeto centro-bairro, totalizando quatro faixas no mesmo sentido, para promover o descongestionamento do trânsito.
Com a ideia de ter um sistema eficiente como os metrôs, mas por um custo menor, o primeiro sistema de transporte rápido de ônibus do mundo de Curitiba se tornou modelo quando falamos de planejamento urbano, já fazendo parte de 200 cidades pelo globo e ganhando diversos prêmios de mobilidade e de cidade inteligente.
Exemplos de mobilidade urbana em Curitiba
1. Transporte público
O transporte coletivo é uma grande esperança para amenizar os problemas de locomoção em diversas cidades pelo mundo.
Por exemplo, Curitiba possui o transporte público mais premiado do Brasil. Com soluções inovadoras e um excelente planejamento, as linhas de ônibus permitem chegar em quaisquer partes da cidade. Além disso, a integração dos terminais e as canaletas exclusivas são inspiração para solucionar os problemas de mobilidade em cidades europeias.
2. Carro por aplicativo
Startups são empresas com ideias inovadoras e a missão de solucionar problemas difíceis. As startups de mobilidade mais conhecidas atualmente são aquelas de “carro por aplicativo”, como o Cabify, a Uber e o 99. Neste modelo, a empresa não possui frota própria, trabalhando como intermediadora da relação entre um motorista particular e um passageiro.
Colocando um final na necessidade de cada pessoa adquirir um veículo próprio para usufruir dos benefícios, os carros por aplicativo permitem que existam menos veículos por pessoas na média geral da cidade.
3. Ciclovias
Outro ponto de destaque na mobilidade urbana de Curitiba são as ciclovias, que permitem que ciclistas as utilizem para se locomover pela cidade.
Em Curitiba, seguindo o estabelecido no Código de Trânsito Brasileiro (Lei Federal 9.503/97), existem as seguintes denominações para as estruturas cicloviárias:
- Ciclovias: pistas separadas das faixas de automóveis e das calçadas por desnível ou com alguma de proteção exclusiva para tráfego de bicicletas.
- Ciclofaixas: pistas que também podem ser destinadas às bicicletas no mesmo sentido da faixa dos automóveis, divididas por uma pintura no asfalto e/ou tachões refletivos.
- Ciclofaixas sobre as calçadas: vias preferenciais para ciclistas na altura das calçadas de pedestres, sinalizadas com pintura.
- Ciclorrotas: indicadas por sinalização horizontal (pintura no chão), são espaços para locais de menor fluxo onde o espaço é dividido com os automóveis.
- Vias compartilhadas: faixas sinalizadas horizontalmente preferenciais para bicicletas, no canto direito e no mesmo sentido de trânsito de carros em vias lentas do eixo estrutural.
- Calçadas compartilhadas: colocadas nas calçadas junto ao espaço destinado a pedestres.
Além de já terem mais de 208,5 km de vias destinadas aos ciclistas, existe um plano de mobilidade urbana de Curitiba para ampliação das estruturas cicloviárias que prevê atingir 408 km de espaços dedicados para as bicicletas circularem até 2025.
Viva em Curitiba, exemplo de mobilidade urbana
Curitiba é um exemplo de mobilidade urbana e cidade inteligente, mas também é destaque em diversas áreas como empreendedorismo, reurbanização, mobilidade urbana, saúde, educação e meio ambiente. Ou seja, uma cidade ideal para viver, além de ser bem localizada como capital do Paraná e conectada, tendo até um aeroporto internacional em sua região metropolitana, o Afonso Pena.
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